11/17/2005

Cultura videogame

Recentemente, um amigo geek me explicou que a indústria do videogame está enfrentando um momento de mudança. Quanto mais recursos e possibilidades a tecnologia disponibiliza, mais os jogos ficam complexos. Isso gera um fenômeno até compreensivo: o crescimento da comunidade de jogadores ganha apenas jovens adeptos. Somente crianças se tornam jogadores e continuam na idade adulta. Um adulto que não joga videogame não se tornará um jogador. Existe uma resistência.

Eu compreendo o fenômeno porque o único videogame que tive foi o Atari. Quando os controles passaram a ter mais botões e os jogos passaram a exigir uma aptidão maior, desisti.

Desisti até o dia que tive acesso irrestrito a um console dentro de casa. A resistência foi embora junto com as minhas horas sem eu nem me dar conta. O que sobrou foi somente uma vontade imensa de investir uma grana considerável em um videogame pra mim.

Como desenhista instrucional, reconheço a qualidade dos designers de games. Eles merecem a posição e o salário que ganham. Merecem também o reconhecimento. O dia em que o e-learning chegar perto da imersão que o videogame proporciona, a educação a distância será um mercado milionário de verdade (e não um ramo que dá dinheiro somente aos que usam gravata). Não sei se acredito que esse dia chegará, mas faço a minha parte: fico atenta a todos os detalhes dos jogos, especialmente às instruções e à navegação.

Pela minha própria experiência, compreendo a preocupação do mercado de games. Para um iniciante como eu, alguns jogos estão realmente fora de questão, mas qual seria a solução?

A five step program to move beyond the game geek culture é um artigo que trata dessa questão, abordando pontos domo design, marketing e cultura. Peguei a dica no Ludology.org.

0 Comentários:

Postar um comentário

<< Home